domingo, 31 de julho de 2011

Quem não foi perdeu

Hoje O Circulo fez uma apresentação de grátis no Parque da Cidade, um projeto muito bom (Realização e Produção: Caderno 2 Produções Artísticas Patrocínio: Oi e Governo da Bahia através do Fazcultura Apoio Cultural: Oi Futuro) copiei essa parte direto do site, esse tipo de iniciativa eu admiro e acredito em dar nomes ao bois para o bem e para o mal.

Nunca gostei quando vejo em qualquer lugar alardeando que Salvador é a terra do carnaval e do axé, hoje mais uma vez comprovei minha opinião. O parque da cidade estava lotado.

Ainda não tinha visto a banda ao vivo, ouvi uma ou duas músicas e fiquei muito satisfeito com o que eles apresentaram, já estive lá para ver Rumpilezz e Mil Milhas no mesmo projeto e foi tão bom quanto hoje, o lugar inspira, a possibilidade de sentar na grama tomar um sol e ouvir boa música me fez entender por que esse tipo de projeto funciona tão bem em São Paulo (SESC Pompéia) e no Central Park (lá nos EUA) espero muito que continue, temos muitas bandas boas que precisam de espaço para tocar.

As fotos foram feitas com celular, só pra dar uma ideia de como estava o parque. Quem pretende ir seguem umas dicas: roupa pra sentar na grama, sapato confortável que te permita andar na grama lembrando que é ladeira e escorrega, boné ou chapéu e uma esteira ou toalha também é bom.

byMLMT

domingo, 3 de julho de 2011

Salvador é uma aula de história

Eu não nasci na Bahia, infelizmente. Entretanto, por gostar de história, arquitetura, fotografia e, principalmente, de conversar, acredito que o destino me trouxe para o lugar certo.

Não consigo entender a falta de curiosidade do povo em relação a nossa cidade.

Já a adotei como minha, afinal vivi aqui quase toda minha vida. Me deleito quando saio para passear, amo de paixão o Pelourinho, Solar do Unhão, sempre procuro pelas histórias de cada lugar, e aqui são poucas as pessoas, ou órgãos do governo, que apóiem isso.

Tenho falado com amigos sobre isso, em Curitiba, por exemplo, lembro que no centro existe uma fonte e que se contam histórias sobre os tropeiros que ali paravam para descansar e pegar água. Salvador é uma cidade em que cada rua tem uma história, ou até duas.

Hoje lendo o jornal na coluna de Veríssimo ele abre comentando: em Verona existe um balcão que é identificado como o quarto de Julieta (e ela é personagem de ficção), que na Espanha existe um tumulo de um poeta alemão (creio eu), que se suicidou para não ser expatriado para Alemanha nazista; detalhe o corpo não está na sepultura pois nunca foi achado. Isso só fez com que minha idéia se comprove.

Por exemplo, Joana Angélica morreu em Salvador, numa das portas do Convento da Lapa; você sabe qual?

Deveria ser obrigatório nas escolas públicas e particulares visitar todos os pontos históricos da cidade, os pontos que eram portões da cidade, uma visita ao Dique do Tororó explicando por que ele foi construído. Eu duvido que com essas aulas nossos futuros cidadãos não venham a dar valor a nossa história.

Neste 2 de julho tive a oportunidade de ver o professor Ubiratan Castro falando sobre as histórias da Independência do Brasil (2 de julho Independência do Brasil sim, pois como seria se os Portugueses continuassem aqui?!), entre outras coisas ele interpretou o hino ao 2 de julho, simplesmente fantástico. Falou de fatos como a história do corneteiro Luis Lopes, que tocou “cavalaria, avançar e degolar!”. Segundo o professor as tropas tinham sim, cavalaria.

Essas e outras histórias deveriam ser contatas lá, onde elas aconteceram. Tenho certeza que o resultado seria bem melhor do que ler as páginas resumidas dos livros escolares ou as desinformações dos módulos das escolas particulares.

O povo que não dá valor a seu passado, não pode construir seu futuro.

by MLMT