sexta-feira, 23 de julho de 2010

Justiça cega

Vejo o transito como um reflexo direto do futuro da humanidade, e quem tem um pouco de percepção há de concordar comigo que as coisas não estão caminhando para solução.

Não em médio prazo (não havia como utilizar a expressão, a curto prazo), vejo que no cotidiano do homem, enquanto motorista, ele cada vez mais vem utilizar o carro como meio de impor sua vontade, e satisfazer seu ego.
Piloto motocicletas desde a década de 90, não era muito diferente, mas vem piorando, e não é apenas por que hoje temos, sei lá quantos, mil carros rodando nas cidades. Piorou o comportamento do bicho homem.
É comum se fazer piada com o estilo de educar de nossos pais, ou avós, mas o trabalho deles gerou um resultado melhor que o nosso.

Fiquei triste com um fato recente que a mídia estampou em todos os jornais, o jovem que foi atropelado andando de skate.
Mas não sou santo, nem idiota para não perceber que o destaque para o caso só veio do fato da vítima ser filho de uma atriz da televisão. É horrível sequer pensar na dor de um pai ou mãe que tem de enterrar seu filho, não consigo imaginar uma tragédia dessas.
Mas lá no fundo de minha cabeça, (‘assenta a sombra sonora de um disco voador’) fica a dúvida: se fosse um ciclista, um pedreiro que passou a noite em uma construção e voltava com sua ‘barra circular’ para casa, eles iriam buscar com tanta energia os culpados?

Eu havia pensado em terminar esse post citando um ou dois acidentes que aconteceram, onde ficasse claro essa diferença de atenção.
Entretanto, não creio que seja preciso, todos sabemos do que estou falando.

Para esse mundo que eu quero descer.
by MLMT

Um comentário:

Luciana Felisbino disse...

Sinto exatamente o mesmo!