quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vida de rico

Hoje acabei lendo alguns textos sobre a "vergonha" das pessoas em terem dinheiro, uma posição financeira privilegiada(gente, desculpem as faltas de acento, mas estou escrevendo no mac, e nao me dou muito bem com ele), de admitirem estarem bem de vida.
Tudo começou com o blog de Jorge, onde ele postou um texto sobre isso. O texto dele me levou a outros blogs bem interessantes. Dêem uma lida la também.

A questão e que somos acostumados sempre a olhar para cima(isso eu li em um destes novos blogs), a nos compararmos com quem tem mais. Nunca a olhar para aquele que nao tem, ou tem menos do que possuímos.

E fácil dizer que nao e privilegiado se voce se compara aos ricos das revistas de fofocas, a personagem de novela(o personagem do Ze Mayer da nova novela tira jatinho e helicóptero do bolso como se fosse bala). Entretanto, quando olhamos para pessoas com as quais convivemos diariamente, que nem o dinheiro do ônibus tem porque usa para comprar comida, podemos sim nos considerarmos ricos.

Nao que devamos sempre olhar para baixo, porque senao nos acomodamos e nao buscamos crescimento, mas vamos admitir que somos privilegiados so pelo fato de reclamar do preco da gasolina, porque temos condicoes de ter um veiculo para usar gasolina.

A formula e facil: olhar para todos os lados.
Temos oportunidade de conviver com pessoas com mais e com menos; umas nos fazem valorizar o que temos, conseguimos, as outras nos fazem almejar crescimento, melhora.
E parar com esse negocio de dizer que e pobrezinho, sofrido.

Isso eu digo para que eu mesma aprenda.
Lembro que me sentia mal na faculdade quando diziam que eu era "patricinha" porque meu pai me deu carro desde cedo. Ai argumentava que ja tinha andado muito de ônibus, que meu pai tinha lutado para isso.

Mas eu nao preciso dizer isso a ninguem. Realmente meu pai me deu condicoes melhores e eu soube aproveitar sim da melhor forma. Por ter carro, pude fazer 02 universidades(de verdade, nao estas porcarias que tem por ai), pude trabalhar enquanto isso e pude ter meu filho. Claro que se nao tivesse o carro, o apartamento que meu pai me deu, tudo seria muito mais dificil. Mas eu tive, porque negar.

Agora e poder continuar a ter, aumentar e mostrar ao meu filho o caminho para ele ter o dele, sem ter vergonha disso, se for feito de forma justa e honesta.

2 comentários:

Luciana Felisbino disse...

Eu acho que as pessoas precisam aproveitar as oportunidades que têm. Se a pessoa nasceu privilegiada ou seus pais tiveram a preocupação de gerar uma condição melhor para seus filhos, qual é o problema nisso? Eu tive que lutar muito para ter as minhas coisas porque meus pais têm origem pobre e não tiveram condições de proporcionar muitas coisas. Tive bolsa de estudo pela empresa em que trabalhava para ter curso superior, portanto, não tive chance de escolher o que queria fazer e enfrentar o que a empresa proporcionava. Graças a Deus porque senão seria muito mais complicado. Ainda pago meu apartamento e o carro novo, mas eu vou chegar lá e proporcionar para o meu filho uma condição melhor. Quem sabe eu possa dar um carro e um apartamento a ele. Pra isso que eu e meu marido trabalhamos. Brasileiro que tem mania de achar que é vergonha ter bens materiais. Qual é o problema se você trabalhou pra isso? Concordo que vivemos em um país em que a maior parte trabalha pra comer, mas ao ter contato diário com essas pessoas, você também percebe que muitas se contentam com pouco. Elas querem comer e se divertir, o resto pouco importa. Estudar e trabalhar para melhorar, nem pensar, dá muito trabalho, cansa demais...eu já ouvi isso vááárias vezes.

Marcelo L. M. Trevisan disse...

Nossa Lu, seu comentário poderia ser um post. Muito corretas suas observações, e realmente é verdade aqui no Brasil muita gente não se esforça realmente para melhorar, um exemplo, chame alguém para trabalhar num fim de semana, ou após o horário, pode até encontrar mas vai ver muitas caras feias.