Cheguei hoje do feriadão e recebi a notícia que um tio de consideração meu morreu no sábado. Teve um infarto e morreu dormindo. Tio Paulo, pai de Cláudia e Paula.
Cláudia foi minha grande amiga de adolescência. Eramos grudadas, unha e carne. Ela morava no mesmo prédio que eu, mas eu vivia na casa dela. Convivi com ela e com a família dela dos 10 aos 16 anos, quando então eles se mudaram e a vida foi nos afatastando.
Como vivia na casa dela, convivi muito com meu Tio Paulo. Lembro que le me abusava sempre por conta de uma vez minha vó ter saído e ter demorado para chegar. Eu ficava desesperada toda vez que isso acontecia, achava que minha vó tinha sido sequestrada. E meu tio ficou comigo, enquanto eu entrava em desespero. Apesar de ficar gozando da minha cara, não saiu do meu lado.
Ele também pertubava a Cláudia e a mim toda vez que resolvíamos passar batom. Dizia que a gente ia ver algum menudo. Junto com ele e as meninas vivi muita coisa, fui descobrindo o mundo e amadurecendo.
Há alguns meses cheguei a encontrá-lo no mercado, falei com ele; acho que foi uma despedida.
O fato dele ter morrido dormindo, só mostra que era um espírito abençoado, pois, para quem acredita no espiritismo, é uma benção você morrer sem sofrimento.
Para nós, que ficamos, resta a saudade e as lembranças dos momentos vividos.
Tio Paulo, sentirei saudades!
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