segunda-feira, 15 de junho de 2009

Expectativas do futuro

Não sei vocês, mas eu sempre tive altas expectativas sobre os anos 2000.
Eu fui criança e adolescente do século XX(só para constar, velha é a cumadre da tua madrinha!!!); então, os anos 2000 era para mim a vinda de um futuro de desenho animado, dos Jetsons.
Nos anos 2000, poderíamos ter robôs em casa, trabalhando, íamos ter carros voadores, e a viagem a lua seria programa para final de semana.

Pessoalmente, eu sempre imaginava como seria na virada do ano 00.
Eu teria 25 anos, seria uma puta profissional(eu disse puta profissional, não profissional puta!), teria um apartamento lindo, de Yuppie(quem não conhece a expressão que vá descobrir, pois eu me virei para descobrir que merda queria dizer geek!), teria um namorado legal, resolvido profissionalmente, e faria viagens ao exterior todo ano com ele.

Pois bem, o ano 2000 chegou, e com ele diversas constatações. Não temos robôs em casa, mas diversos robozinhos, que fazem a comida, liberam gelo e água pela porta, que nos fazem ver TV, tirar fotos, conversar com o mundo e descobrir onde vc está em apenas toques de dedos.
Os carros não voam, mas entopem as ruas da cidade, dando uma saudade danada do tempo que todos podiam escolher seu ford, desde que fosse preto, já que esta era a única opção.

E eu?Bem, aos 25 anos eu ainda trabalhava como quase escrava de um idiota com cabeça de ameba. Já tinha me formado em uma faculdade e estava terminando a segunda, mas via que de nada tinha adiantado fazer 02 universidades e sempre ter sido aluna cdf: o mercado só queria saber de QI(quem indica), e eu não tinha cacique para ter inicações.

Estava casada com uma pessoa que não me fazia feliz e a quem eu também não fazia feliz(casamento é uma via de mão dupla, nunca um só é culpado), tinha ganho o apartamento de presente de meu pai, mas não era bem o apartamento que tinha sonhado. Nunca tinha ido ao exterior, e nem tinha expectativa de ir.

Entretanto, algo que não imaginava ter quando jovem acabou por me dar a maior alegria naqueles tempos: meu filho. Eu sempre achava que só teria filho com mais de 30 anos, mas Lucas não quis saber disso, veio com tudo, feito um furacão, e acabou sendo um sopro de felicidade para mim.

Também não posso negar as coisas boas a vida. Tenho ao meu lado o melhor homem do mundo, mesmo que ele não seja rico, ainda. Sei que encontrei em Marcelo minha alma gêmea, banda da laranja, ou o que quer que seja. Com ele sou feliz, sem ele sou incompleta.

E lá se foram quase 10 anos dos anos 2000. Não consigo hoje pensar em como estarei aqui há 10, 20 anos. Gostaria de planejar mais a vida, mas não o faço.Vou vivendo e vendo no que dar, esperando que Lucas consiga realizar os sonhos que ele têm hoje para daqui há 10 anos!

E você, como se imaginava nos 2000?

2 comentários:

Luciana Felisbino disse...

Eu prefiro nem falar nisso neste momento, mas gostei muito do post!

Marcelo L. M. Trevisan disse...

pedalando na Europa, profissionalmente